2003-12-22

Discotecas

Não gosto de discotecas. É todo um conjunto de incómodos e escassez de benefícios.
Este fim de semana fui obrigado pela ultima vez a entrar numa discoteca em Sevilha. Ainda me tentei desmarcar com um ar enjoado e uma dor de garganta. Quase salivei com a perspectiva de poder ir acabar um livro para o Hotel. Não tive tal sorte. Uma vez no escuro, demoro meia hora a fartar-me das mulheres bonitas. Inicio um processo de crítica. Apercebo-me do quanto odeio aquela bagunça. Mentalmente acendo a luz e vejo uma turba dançando e fumando ao sabor de um barulho que não compreendo. Reparo como as pessoas se estiveram a arranjar umas para as outras sem no entanto se olharem directamente senão em casos pontuais. Um exercício de estilo e indiferença que envergonha qualquer pessoa inteligente. Pelo meio bebem-se uns copos. Homens e Mulheres. O espaço está densamente povoado e é desconfortável para todos. Ir à casa de banho é um exercício de equilibrio e paciencia. Para piorar... a luz não está acesa, está apagada! E tudo isto se passa de noite. (Porque de noite?!).
Imagino que uma discoteca tenha o seu apelo para a juventude ou para pessoas sem par. A mim numa me disseram nada em nenhuma destas fases. O ambiente tornou-se de tal forma pestilento que a dada altura tive de sair.
Não é sítio para mim. Principalmente porque olhando à minha volta não encontro ninguem que esteja tão incomodado como eu.