2004-10-23

Liberalismo

Dá-me ideia que continua a haver muita gente desorientada em percepção, memória, tempo e espaço.
Segue uma ajuda (pobre, mas esforçada), que não substitui a consulta e visita frequente à minha lista de links - muito menos a leitura de pelo menos "The road to serfdom" (Hayek), "Law, Legislation and Liberty" (os 3 volumes)(Hayek) "Open society and its Enemies" (Popper), "Rationalism in Politics and other Essays - On being conservative" (Oakeshott) e as crónicas do Professor João Carlos Espada no Expresso. Eu sei que parece muito para quem tem tantas certezas, mas prometo que é leitura ligeirinha. As Galveias guardam cópias destes livros e uma assinatura on-line do Expresso está a €60 por ano... não impede ninguem de se cultivar!
Mas adiante e abreviando:

Liberalismo - Muito pouco estado! Apenas o suficiente para manter a lei e a defesa nacional. Nessa lei deverá estar salvaguardado o direito à vida e à propriedade. Prevê-se a existência de uma safety net para aqueles que se vêem numa situação de unmerited failure.

Conservadorismo - Manutenção do que está bem. Por princípio não se deve mudar a sociedade por mudar. Aceita-se de certa forma que o preconceito é saber acumulado e senso comum. As coisas mudam naturalmente, livremente, por interacções infinitas entre as pessoas. Não se aceita o planeamento social - é em quase tudo compativel com o liberalismo.

O resto... social-democracia, socialismo, comunismo e variantes: Intervenção crescente do estado. Desenho da sociedade. Distribuição da riqueza produzida. Liberdade no sentido positivo (só sou livre de ir para a austrália se tiver dinheiro para isso, as opposed to, sou livre de ir para a austrália desde que não seja proibido - liberdade no sentido negativo). Culto prestado ao mágico efeito multiplicador. Igualdade (Argh!). Enfim... disparates.

Os americanos foram alterando um bocadinho estes significados e ser liberal passou a ser o oposto de ser conservador. E para o liberalismo encontraram outra palavra Libertarianism.