Pátria
Outro dia confessava a um conhecido que ia emigrar e ele partilhou comigo que nunca conseguiria fazer o mesmo. O argumento: Patriotismo! "Não vou porque não me ia sentir bem a melhorar outra economia quando esta é que precisa do meu esforço, tenho aqui raizes e aceito o custo de ganhar menos pelo mesmo trabalho". Respeito. Eu vou precisamente pela mesma razão... vou por amor à pátria e às raizes... simplesmente a minha pátria é a minha família.
Sinto-me demasiado responsável com a vida que vou proporcionar aos meus filhos. Tão responsável que sobra para os netos e ainda fica um bocadinho para os bisnetos e trisnetos que provavelmente não conhecerei. Farei por poder influenciar positiva e activamente as suas vidas. Não há nada acima disso. Tudo o resto é circunstancial e ultrapassável, e reconhecço a enormidade que estou a dizer.
Uma boa educação custa uma fortuna. Um bom ambiente custa uma fortuna. Uma fortuna custa uma fortuna. Não é em Portugal que eu vou gerar essas fortunas... muito menos com a minha alergia ao trabalho. Irei para onde possa angariar os fundos mais maduros e disponíveis. Tudo pela pátria e assumindo o custo que isso implica. Respeito outras opções.
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