2005-02-25

Já gatinha!

O aranhiço já gatinha. Passinhos pequenos mas bastante seguros. E gosta!
É louco por telemóveis (como o pai) e andei a provocá-lo com um telemóvel em vários pontos da cama (tenho uma cama grande) e ele facilmente o alcançava uma, outra e outra vez. E quando lhe tirava o telefone para uma nova posição fora do seu alcance ele buscava-o com alegria... sem frustrações. É um espectáculo fabuloso. Principalmente aquele primeiro impulso em que ele aproxima uma mão, depois a outra e ri para o alvo, seguro de que o vai alcançar.

(já gatinha mas ainda é pequenino... talvez isso o proteja de sofrer pelo Benfica nos dias que correm...)

Ah isso... Eu votei contra!

Numa outra vida colaborei com uma empresa de consultoria. Essas empresas têm uma (ou mais)figura(s) chamada partner(s). Tive a felicidade/privilégio de contactar com um dos partners mais a fundo que de vez em quando partilhava algumas das suas (brilhantes) estórias. São tesouros que guardo... às vezes uso-os nas aulas para descansar a cabeça... mas divirjo. Quero contar uma dessas estórias. Contava o partner que tinha um amigo que era ministro, e com o qual tinha feito uma viagem de carro a velocidades muito acima do legal. O partner perguntou ao ministro: ouve lá... vais a esta velocidade quando voces acabaram de aprovar o agravamento das multas, num claro reforço da obrigação de respeitar os limites de velocidade... não achas um bocadinho contraditório? O ministro: "Ah isso... Eu votei contra"
A estória é deliciosa, e relembro-a sempre que sou forçado a pensar na democracia. O ministro não é claramente um democrata e eu tambem não... Para ser sincero não é qualquer maioria que me vincula, e eu sei que isto é uma atitude selvagem e mesmo incoerente (porque muito honestamente eu nem deveria ir votar), mas é assim mesmo que as coisas são.
Não estou nada satisfeito com os resultados destas eleições. Estive inclusive uns dias deprimido (mais pela demissão do Paulo Portas, mas enfim). Sou tipo para usar uma lógica puramente económica durante os próximos 4 anos. E a lógica é simples... quanto menos dinheiro lhes der para estragar melhor. Não faz sentido trabalhar mais, ou sequer o mesmo com um governo que se perfuma diariamente no disparate.
Ainda que assim não fosse, é irracional tentar criar riqueza com governos socialistas. É de esperar uma maior carga fiscal (por via directa ou por via de défices), e portanto, um castigo a quem produz. Em Portugal castiga-se o trabalho com IRS, castiga-se a iniciativa com o IRC, castiga-se a livre troca de bens e serviços com o IVA, ISP e afins, e isso tem custos económicos.
Maiores quando os governos se querem grandes e intervencionistas. Não contem comigo para esse peditório... eu votei contra.

Parabens!

A Senhora minha Mãe é funcionária pública. E acabou de ter um "Excelente" de classificação. Para que conste... é a nota mais alta, e se a memória não me falha só pode ser atribuida a um máximo de 5% dos funcionários públicos. O rateio entre departamentos é negociado por relevância, e o dela como não é fundamental deve ter direito a menos excelentes que a proporção pura e dura. Mais notável se torna esta nota... que terá de ser muito bem justificada e permitir que a excelsa funcionária conste de uma lista de elite para recrutamento interno. Estou muito orgulhoso.
Tenho esperança que este refinado genético tenha chegado ao meu chavalito.

2005-02-18

Caramba, como cresce!

O Superbebé mudou. Tem estado muito mais agitado. Nada de grave, mas nota-se bastante diferença. Não para quieto desde que aprendeu uma meia dúzia de truques novos. O mais recente, e fonte da sua mais evidente obsessão, é pôr-se de gatas. E fá-lo com alguma mestria já. Não se segura nem um minuto sentado. Vira-se e procura a novo posição. Depois balança-se. Por vezes consegue gatinhar para trás. Outras vezes lança-se para a frente. O mais comum é ficar a olhar à volta, ganhando perspectiva e chamando a atenção. Percebe-se a concentração que aplica no equilibrio, e a vontade que tem de fazer mais qualquer coisa, mas os membros não respondem. Derreto-me todo a ver a evolução. Às vezes tento ajudar mas percebo que não adianta. É um algoritomo tão complexo como resolver um integral.

Todos os dias lhe dou pelo menos dois biberões. Ontem enquanto lhe dava um por volta da meia noite (o biberão que ele toma a dormir) e enquanto o segurava nos meus braços percebi como estava crescido. Tive a nítida sensação de estar a pegar num homenzinho bem robusto, com um peso considerável e bastante autonomia. Tive de me empenhar para o abraçar completamente... atingiu uma volumetria impressionante. E mamava com um vigor notável. Morri de orgulho. A casa estava a dormir e foi um momento só meu mas ocorreu-me que nunca o iria esquecer.
A paternidade oferece verdadeiros momentos de revelação e prazer... acredito que sempre superiores aos momentos de desilusão e tristeza.

Esta nova etapa de crescimento despertou a necessidade de voltar a mergulhar nos livros de bebés que tenho cá em casa.

2005-02-14

Pai desnaturado

Estive fora nos últimos 10 dias. Uma viagem à neve. Com um grupo grande. Sem mulher nem filho.
A ideia era relaxar um bocadinho, esquiar, fazer umas compras. Não acho que tenha rendido. As saudades de casa começaram antes de chegar à fronteira, e os dias a seguir trouxeram uma angustia que não conhecia.
O bebé sempre esteve bem - fui sabendo que comia igual, ria igual, crescia igual, e no entanto custou-me imenso não estar por perto.
Acho que perdi coisas importantes. Sei que ele perdeu uma semana do pai. Uma semana que naturalmente teria brincadeiras, passeios, conversas e lições. E por melhor tempo que estivesse, e por mais fofa que a neve se apresentasse, não consegui tirar partido.
Sei que tenho de aprender a viver com algumas ausências, mas percebi que não estou preparado.

Tive medo do regresso. Estará zangado? Vai recuperar bem desta ausência?
Cheguei´a horas impróprias de o ver acordado e tive de esperar que acordasse. Cerca de 5 horas, que com a ajuda da televisão já só eram 3 horas, que com um bocadinho de sono passaram num instante e lá estava ele... nos braços da mãe... maior e mais bonito. A rir-se para mim!
Que alívio...
Tem estado um bocadinho agitado e eu ainda não me sinto em casa. Acho que preciso de uns dias para voltar a conquistá-lo. Entretanto vou olhando para ele e ele para mim. Quero pedir-lhe desculpa mas não sei como. Não é de certeza com palavras.

2005-02-02

Descoberta

Descobri um blog perturbador de tão bonito: Um ano de ti, e o seu seguimento: Um pouco mais de ti.
Não tive oportunidade de ler mais que uma dúzia de posts e já me viciei. Um pai de mil letras e sentimentos. A visitar por todos vós que aqui vieram ter por engano.

Definitivamente, tenho de dedicar mais tempo ao Alma de pai.